AQUELE DIA...






AQUELE DIA



Um novo dia nasceu; e eu levantei-me decidido a resolver as coisas pendentes contigo.

Telefonei-te e disse-te:
Precisamos de nos encontrar.
Eu Tenho uma coisa importante para te contar.


Ficou assim marcado o nosso encontro, e eu fiquei parado e ansioso á tua espera.


Não sei quantos malditos cigarros eu fumei enquanto te esperava, mas as folhas de papel branco que tinha na secretária do meu pequeno escritório, estavam já manchadas de cinza que a minha perturbação e a tremura das mãos nelas fizera cair.


A campainha tocou e eu logo corri para te abrir a porta. 


Ainda bem que vieste disse-te com a voz estrangulada.


Peguei-te com delicadeza na mão e conduzi-te até ao sofá. 


Mal te sentaste logo me ajoelhei diante de ti abraçando-te as pernas e mergulhando a minha cabeça nos teus joelhos, mantendo-me em silêncio e tremendo de desejo.


Percebi a tua intenção de te levantares e disse-te, espera tenho uma coisa importante para te dizer:


Amo-te, Amo-te muito!


Quero que venhas viver para minha casa; 


Será a dona da casa, serás a dona do meu coração, serás a minha mulher e eu:
Dar-te-ei amor, carinho e compreensão. 


Foi longo e gelado o teu silêncio.
E enquanto ele durou eu vivi momentos angustiantes e de estranha loucura.


Os teus olhos ganharam brilho e de novo me senti fascinado com o teu olhar, senti no meu rosto a ternura dos teus dedos leves que me contornavam a cara, da testa à face, da face á testa, era um gesto de mulher verdadeiramente apaixonada. 



A tua exuberante beleza que fazia andar á roda a cabeça
 de muitos homens era agora minha… só minha.



@