EM MOMENTO ALGUM





Tocaste-me. 

Tremi.

Beijaste-me. 

Um desejo enorme senti.

Mas quando me pediste apenas uns momentos de sexo…

Me retraí.

O desejo era na verdade forte, muito intenso, ele percorria desenfreadamente o meu corpo me fazendo estremecer, amolecer e a tudo o que naquela noite me pedias, obedecer.
.
Estavas inundada de uma insana lascívia que me causava sensações estranhas e me queimava as entranhas.
.
Me retraí, porque queria mais, muito mais. 

Antes de tudo…

Que não fosse nas estradas do teu corpo apenas um anónimo viajante.
Mas sim! 
Homem, menino e amante.

Que não fosses nos meus braços apenas mais uma namorada perdida em tesão e ardor. 
Mas sim… 
Uma mulher romântica, apaixonada e capaz de me fazer juras e promessas de amor.
.
Mas tu sabias como me fazer tua presa.
E quando provocadoramente, te tocaste nos seios e no sexo com safadeza… 
Já tinhas adquirido a certeza de que a minha vontade de te resistir se tornaria improcedente 
E, que dentro de mim existia por ti um desejo rebelde e indecente.
.
Assim… 

Ao meu desejo rendido e a tua vontade completamente submetido…
O meu corpo de desejo se inundou.
O meu sexo, por vontade do teu… se agigantou.
E a vontade de êxtase e gozo em mim dos pés à cabeça se instalou.

Tomei-te então nos braços.
No teu ventre, com a língua desenhei laços.

Pouco tempo depois! 
Satisfeita…
relaxavas e rejubilavas.

Mas em momento algum disseste… Que me amavas.


@