LÁGRIMAS DE SANGUE






Triste vida a tua, minha querida.
Uma vida a que o amor familiar não deu guarida.

Uma vida…
Na qual foste menina sofrida. E ainda és mulher dolorida.

Corria o ano de 2010 quando ao teu estilógrafo deitas-te mão e escreveste sobre toda a amargura que inundava o teu coração.

Agora, anos depois no teu peito tudo em ti está ainda, presente e dolente.

Quis o destino que naquela noite, e pela tua mão, eu entrasse nesse teu tenebroso mundo de sombras, pesadelos, desesperos e forte emoção.

Uma emoção, que logo tocou o meu frágil coração ao ponto de ter de pegar do meu lenço de mão, para limpar as gotas de água que me turbaram a visão.

Pudesse eu! Repor a verdade e matar de vez toda essa injustiça.

Pudesse eu! Saciar, essa tua sede de justiça.

Depois de ver de mão dada contigo o segundo filme, percebi que não foste a única vitima de todo esse massacre psicológico e físico, por isso… 

Te deixo aqui uma singela homenagem.


MINHA MÃE

Minha mãe, passa o tempo
Mas não passa o sofrimento
Que ficou da tua partida.
Quanto mais o tempo avança
Mais eu tenho na lembrança
Tua imagem tão querida.
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Sem a tua companhia
Eu jamais tive alegria
Vou sofrendo de saudade.
Se fosse preciso morrer
Somente para te ver
Eu morreria à vontade.
.
Minha mãe. Sem o teu amor
É enorme a minha dor
É um tormento profundo
Eu um dia vou abraçar-te
Pois sei que vou encontrar-te
No azul que cobre o mundo.

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Poema de: A Alves