TRISTEZAS DE AMOR
Quando a madrugada sempre escura se torna também fria, ela sempre trás em dose maior a melancolia.
Melancolia, de não vermos consumado o sonho, tantas noites sonhado.
O sonho!
De nos meus braços te ter, ou de, a teu lado estar deitado.
Desespera-te o facto de continuares a ver tudo no mundo da fantasia, de não conseguires repartir comigo a cama fria e vazia.
Mas eu…
Não posso sequer imaginar que uma mulher com tanta sensualidade, viva essa realidade e sofra dessa necessidade.
Necessidade de, verdadeiro afecto de um amor intenso e recto.
Não tenho por isso qualquer dúvida.
O criador, ao te destinar tão singela beleza, te predestinou para teres a teus pés
o homem que desejares, basta para isso os teus delicados e finos dedos estalares.
O teu charme é tão enérgico e radiante, que mesmo na tua idade, eu te comparo a um bonito diamante, capaz de encantar mas difícil de lapidar.
Não há dúvida…
Tu és… Uma mulher encantadora.
Tão encantadora, como o maravilhoso canto da noite, que na boca do vento ao fim de cada dia, sempre vem.
Um canto perfeito, para entre pétalas de flores espalhadas previamente sobre ti… darmos início ao baile dos corpos frios e nus, que nos elevará a temperatura e o mútuo querer… Até… nos queimar por dentro, sem no entanto… nos fazer arder.
Posso ser para ti…
Um imenso desejo, até mesmo uma saudade, que dá dor.
Mas nunca serei causador… Das tuas tristezas de amor.
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