Naquela tarde eu conduzia sem destino, mas pouco tempo depois de ter iniciado o meu passeio, parei repentinamente o carro.
Assaltou-me uma grande nostalgia do mar, sempre tão alegre e tão vivo.
Assim, fiquei não sei quanto tempo dentro carro imobilizado, pensando, pensando.
Pensando na falta dele e também em ti.
Gosto muito do mar porque sempre vejo na crista de cada onda através da sua espuma transparente o teu corpo desnudado.
Gosto muito do mar porque ao vê-lo sinto sempre uma enorme sensação de liberdade que me embriaga mais os ouvidos.
Gosto muito do mar pois sinto ser o lugar onde me purifico.
Onde as mulheres dentro dele, encobertas, são a meus olhos todas esbeltas.
Gosto do bater forte das ondas no meu corpo.
Pois sinto que elas me lavam e purificam.
Tu…
Minha querida, és o meu mar.
Um mar de emoções, perigos e desejos, que adoro e respeito.
@